A indústria de alimentos do Egito faturou US$ 31 milhões com exportação ao Brasil no ano passado, mas o número é modesto e há oportunidades para que o país dobre esse valor. A afirmação foi feita na última semana a empresários egípcios pelo diretor regional do escritório da Câmara de Comércio Árabe Brasileira no Cairo, Michael Gamal, no seminário “Oportunidades para desenvolver as exportações de alimentos do Egito para o Brasil”. O evento, que ocorreu de forma online, foi organizado pelo Conselho de Exportação das Indústrias de Alimentos do Egito, com participação do Escritório Econômico e Comercial do Egito no Brasil.

De acordo com Gamal, a qualidade das exportações egípcias, seja de culturas agrícolas ou das indústrias alimentícias, permite que o país se insira com facilidade no enorme mercado que é o Brasil. O executivo contou que muitas empresas egípcias que já conseguiram ingressar no mercado brasileiro atualmente se concentram nele, dando preferência em relação a outras regiões, depois que descobriram suas oportunidades promissoras.

Gamal afirma que as empresas egípcias têm vantagem comparativa sobre as demais empresas árabes ou do Oriente Médio, pois o Egito é o único país na região que assinou um acordo de livre comércio com o Mercosul. O tratado permite que os produtos egípcios entrem nesses países com redução de tarifas alfandegárias, em alguns casos podendo chegar até mesmo à total isenção de tarifas.

Ele falou que o setor supermercadista representa 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e que vem alcançando alto crescimento. Gamal também disse que o setor de alimentos no Brasil é um dos mais presentes na pauta de importação e exportação do país. O Brasil tem uma população de 220 milhões de habitantes, o equivalente a dois terços do mundo árabe, o que abre o apetite do exportador para entrar nesse mercado e expandi-lo.

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